Em tempos muito recuados, vivia em Longroiva um fidalgo muito poderoso, D. Ramiro Alvar. Este trazia preocupados seus amigos, pois havia chegado aos 30 anos, sem arranjar noiva. Não era raro receber convites para visitar os castelos limítrofes, mas voltava sempre desolado. Um certo dia num dos seus passeios acavalo encontrou uma jovem aldeã, de nome Rosa, que impressionado pela sua beleza e morar, logo lhe propõe casamento. Este realizou-se poucos meses depois. A jovem aldeã, inteligente como era, depressa aprendeu as boas maneiras da nobreza. Todavia, passados dois anos a guerra chama D. Ramiro, que se vê obrigado a separar-se da jovem esposa. Certo dia e no ardor da luta, salva a vida a um fidalgo aventureiro, D. Gonçalo. Este de tal maneira se insinuou perante aquele, que D. Ramiro lhe permitiu que convalescesse no seu castelo. O jovem fidalgo aventureiro, trovador e galanteador, em breve se enamora da esposa daquele que foi o seu melhor amigo, paixão que lhe é retribuída.
D. Gonçalo esqueceu-se de tudo, pensa ver chegado o momento de assegurar o seu triunfo: Fez querer a sua anfitriã, que D. Ramiro havia falecido na guerra. Ante a infausta noticia, a Castela determina um luto serrado e prolongado no castelo, retirando-se durante um ano para os seus aposentos. Mas, aquele período de tristeza inicial passou, e em breve sente a falta do seu companheiro, bem-falante e trovador que entretanto havia permanecido no castelo. Convencida da morte do marido, a Castela resolve então ser esposa de D. Gonçalo.
Os esponsais são realizados no castelo no meio de grande alegria e festim. Os convidados riam e dançavam. Perante a estupefacção geral, alguém segredou que havia chegado ao castelo de D. Ramiro Alvar que é entretanto anunciado pelo mestre-de-cerimónias ao fundo do salão. De imediato se trava ali um feroz duelo, que termina com a morte de D. Gonçalo. A jovem, emocionada pede igualmente a morte, mas D. Ramiro dispõe-se a perdoar. Todavia sentindo-se uma mulher desonrada, resolve abandonar o castelo e habitar a sua antiga cabana, no bosque, sob uma rigorosa penitência, o resto da sua vida.
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ResponderEliminarObrigado pela informação. Muito interessante!
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