Era uma vez um fidalgo muito rico, que tinha um filho cego. Os pais tinham um desgosto enorme, pois só tinham aquele filho, com aquela deficiência. Por tal motivo recorreram a médicos portugueses e estrangeiros, mas não obtiveram a cura desejada.
Um dia, um menino, que adorava brincar e passear, tanto se afastou que acabou por se perder. Ele, que julgava que se aproximava da casa, cada vez se afastava, até que chegou a um lugar onde tudo era árido e seco. Exausto, chorou, ate que as suas lágrimas fizeram um pequeno poço. Ajoelhou-se e pediu a nossa senhora que lhe desse vista para te poder voltar para casa.
Eis que, subitamente, o menino começou a ver!
Entretanto o pai saiu de casa para encontrar o filho. Pelo caminho ia perguntando se por mero acaso não o teriam visto. Nisto, encontra um velhinho que apontando lhe diz:
- Vi um menino a correr e a meter-se naquele canto.
O pai aproxima-se e o filho correu em seu encontro dando-lhe um abraço.
- Um poço neste canto! Disse o pai.
O filho explicou-lhe que o poço foi formado com as suas lágrimas que a nossa senhora do pranto verteu no poço.
A terra tornou-se fértil e foi-se o povoando até que ficou a linda aldeia de Poço do Canto.
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